Escolha o seu advogado tributarista ou tax preparer no Brasil cuidadosamente.
A Receita Federal do Brasil aumentou
as fiscalizações contra as fraudes de imposto de renda de pessoas físicas,
expatriados ou imigrantes, o número de autuações e da arrecadação. Em 2019, a operação
Pandora focou em indícios de fraude ou falta de documentação hábil em despesas
escrituradas em Livro-Caixa que resultou em um aumento da arrecadação em
25,2 milhões de reais decorrente da retificação dessas despesas escrituradas erroneamente.
No mesmo ano, foi deflagrada a
operação Tio Patinhas que auditou R$ 3 bilhões declarados como moeda em espécie
(8.617 pessoas físicas declararam possuir mais de R$ 100 mil em espécie e 91 mais
de R$ 1 milhão em espécie). Os contribuintes foram intimados para comprovar que
o dinheiro existe já que o dinheiro fictício poderia cobrir variação patrimonial
a descoberto, ou seja, balanço financeiro negativo. Essa fiscalização
constatou que um único computador transmitiu mais de 800 declarações com
dinheiro em espécie dessas naturezas.
Em 2018, a Receita Federal em
Minas Gerais deflagrou a operação Dedução Fantasma com o objetivo de
reprimir práticas que visam obter restituições indevidas com deduções
(despesas médicas, instruções, pensão alimentícia, empregada doméstica,
entre outros) supostamente inexistentes. O valor total da recuperação
foi de R$ 31 milhões; A Receita Federal encaminhou representação ao
Ministério Público contra contadores suspeitos envolvidos na fraude que poderão
responder a processo criminal.
Os contribuintes devem escolher
com atenção o advogado tributarista, contador ou outro tax preparer.
Embora a maioria dos profissionais prestem uma assessoria honesta, com um
serviço de alta qualidade, um grupo menor opera no preparo e entrega de declarações
fraudulentas para obter uma restituição maior ou mesmo suprimir o pagamento do
imposto de renda.
Escolher um profissional de forma
apropriada é extremamente vital para todo o sistema de arrecadação de imposto
de renda bem como para desafogar a grande quantidade de declarações em malha fina.
Em última instancia, os contribuintes são responsabilizados fiscal e criminalmente
por omissões e fraudes em suas declarações de imposto de renda
independentemente do fato de quem as preparou.
Contribuintes bem-intencionados podem
ser confundidos e mal assessorados por profissionais responsáveis pelo preenchimento
de declarações de imposto de renda de brasileiros, imigrantes e expatriados, para
tomar créditos ou criarem deduções as quais não tem direito. Alguns ainda
convencem seus clientes a acreditarem que o imposto de renda no Brasil não
resulta em prisão, mas somente em multas e juros, o que não é verdade.
Aqui algumas dicas para
considerar para evitar fraudadores de todos os tipos.
- Profissionais registrados como advogados (inscrito nos quadros da OAB) e contadores (inscritos nos quadros no CRC ou CFC) ou outros tax preparers que atuam sob gerenciamento desses profissionais, estão sujeitos a fiscalização pelos seus respectivos órgãos de representação de classe;
- Confira os registros profissionais desses prestadores de serviço e a existência de procedimentos internos de fiscalização ou ética;
- Consulte outros trabalhos realizados por esses prestadores de serviço;
- Prepare a documentação para ser entregue. Bons profissionais somente atuam mediante a apresentação dos documentos originais para arquivo;
- Exija a apresentação da declaração a você antes da entrega para a Receita Federal, faça suas perguntas e procure receber seus esclarecimentos. Está é uma boa prática do mercado;
- Não estabeleça honorários com base na restituição que você tem direito a receber. Esta prática pode levar os preparadores a utilizarem artifícios não permitidos.
- Busquem empresas reconhecidas e estabelecidas nas quais estarão disponíveis em todo o ano e não somente na temporada de imposto de renda.
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